Páginas

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tá, e o que você tem haver com isso?

Oi gente!
Bom, hoje eu passei por uma situação constrangedora. Na escola, para melhorar (assim que é bom). A escola é um lugar que parece que as paredes são feitas de boatos e rumores sobre as pessoas, né? Sempre achei que esse negócio de ter um rumor seu espalhado por aí nunca aconteceria comigo. Sou do tipo que não espalha as coisas, sou mais na minha mesmo e achava que essa coisa de "todo mundo sabe" era apenas um terror que aqueles filmes previsíveis e americanos fazem onde a malvada descobre tudo sobre a tímida bonitinha (relaxa, que esses são os do tipo que a gente gosta). É, bem que sempre dizem: Quando você menos espera, acontece.
Eu imaginava que essa frase poderia ser usada em situações de "Quando você menos esperar, o amor da sua vida aparecerá" ou "Quando você menos esperar, tudo irá dar certo para você!", só que me parece que não.
Resumindo a história, um amigo meu chegou para mim e perguntou "Você queria ficar com tal pessoa em tal lugar, naquela tal hora? Estavam falando isso. É verdade? Você e ele? Nossa." Nesse momento milhões de coisas se passaram pela minha cabeça. Sabe quando você não espera que um assunto esquecido volte assim tão de repente?
Primeiro, que esse "rumor" era antigo e já estava enterrado, pelo menos para mim. Segundo, fiquei pensando em como esse meu amigo havia recolocado o assunto e o achado. Pensei se o tal menino estava pensando sobre isso e resolveu falar para os amigos novamente, só que menos de um jeito bem menos discreto. Pensei o que ele pensava de mim. Pensei tanta coisa que o texto ficaria acabando chato.
Nervosismo passou pelo meu corpo quando ele falou a seguinte frase "Ah, é o que todo mundo está falando agora". Todo mundo quem? E as perguntas que ele continuava fazendo? Onde estava o filtro dele? Chega.
Fiquei quieta por alguns minutos e os olhos das minhas amigas que sabiam as respostas para todas as perguntas que meu amigo fazia estavam ficando cada vez mais arregalados esperando que eu desse alguma resposta pro menino. Por mais que a história estava enrolada e bem diferente do jeito que ele estava falando, me senti meio mal e violada, mesmo sabendo a história real. Falei algumas palavras sem jeito, inventei uns assuntos, falei sobre a prova, e tudo o que ele fez foi levantar as sobrancelhas e fazer uma cara de "para de enrolar".
No fim, sai e neguei tudo, a história real ninguém vai saber além de mim e das minhas amigas, talvez. O  ponto é que algumas coisas não precisam se tornarem públicas, não importa a pressão. A história é ruim, realmente, mas a moral por trás dela é verdade. Não quero dar uma daquelas de "Ih, o que você tem haver com isso? Se enxerga!", mas talvez uma de "Enfim, deixa isso pra lá né?".
Ninguém tem que saber de nada, o que é seu é seu. E agora, uma frase marcante, delicada e fofa: Afinal, ninguém paga minhas contas.


Por Geórgia Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário